
A Petrobras anunciou outra redução no preço
do diesel vendido às distribuidoras. A partir de sexta-feira, o valor médio do
litro nas refinarias passará a ser de R$ 3,43 — uma queda de R$ 0,12 por litro.
O novo corte representa mais um recuo no
valor do combustível acumulado desde dezembro de 2022, totalizando uma redução
de 23,6%. Corrigido pela inflação do período, a queda é ainda mais expressiva,
chegando a 31,7%, conforme estimativas da própria Petrobras.
Apesar da redução nas refinarias, o preço
final ao consumidor pode variar. Isso porque o valor nas bombas inclui ainda a
incidência de tributos federais e estaduais, além das margens de lucro das
distribuidoras e postos de combustíveis.
Biocombustíveis
O movimento de baixa nos preços acompanha o
cenário internacional, marcado pela instabilidade no mercado de petróleo. Entre
os principais fatores está a queda na cotação da commodity, influenciada pela
guerra tarifária entre Estados Unidos e China e pelo risco de recessão na
economia americana.
Ainda na quinta-feira, o Ministério de
Minas e Energia (MME) publicou no Diário Oficial da União (D.O.U) o decreto que
fortalece a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Com as novas
regras já em vigor, o programa ganha instrumentos mais rígidos de fiscalização
para garantir o cumprimento das metas de descarbonização, ampliar a segurança
jurídica para o mercado e enfrentar com mais eficiência práticas ilícitas no
setor de combustíveis.
A norma regulamenta dispositivos legais e
moderniza o processo administrativo da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), ampliando a capacidade de identificar, punir e
coibir fraudes no mandato de mistura do biodiesel ao diesel, que impactam
diretamente o consumidor. Entre as medidas estão a possibilidade de suspensão
das atividades de comercialização e importação de combustíveis para empresas
inadimplentes; além da aplicação de multas que podem chegar a R$ 500 milhões.
Energia
elétrica
O Ministério de Minas e Energia divulgou
também, nesta manhã, que estrutura junto ao governo uma proposta para ampliar o
alcance da Tarifa Social de Energia Elétrica. A ideia é beneficiar até 60
milhões de brasileiros, sendo que parte deles poderá ter isenção total na conta
de luz.
A proposta de Projeto de Lei (PL) foi
encaminhada à Casa Civil, na véspera, e ainda pode ser ajustada antes de
prosseguir para o Congresso.
A proposta prevê isenção completa da conta de luz para famílias com consumo de até 80 kWh por mês que se enquadrem em critérios como a inscrição no CadÚnico e ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, entre outros.