A Procuradoria-Geral da República (PGR) se
posicionou favoravelmente à continuidade do processo contra o ex-juiz parcial e
incompetente, hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR). O ex-magistrado
responde por calúnia contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Gilmar Mendes.
Em parecer encaminhado à ministra Cármen
Lúcia, relatora do caso, o PGR, Paulo Gonet, reforça a denúncia apresentada
pela Procuradoria-Geral e recomenda a rejeição do recurso interposto pela
defesa de Moro, que tenta derrubar o processo.
Na semana passada, a defesa de Moro
apresentou um recurso, em forma de embargos de declaração, no qual argumenta
que não há provas de que o ex-juiz da ‘Operação Lava Jato’ tenha participado da
produção do vídeo que embasa a acusação. Nas imagens, que circularam em redes
sociais, Moro aparece falando com apoiadores sobre “comprar um habeas corpus do
Gilmar”, o que foi interpretado pela PGR como uma acusação de corrupção passiva
ao ministro do STF.
Provas
A denúncia, formalizada em abril de 2023,
foi aceita em junho de 2024 pela Primeira Turma do STF de forma unânime. Desde
então, a defesa de Moro busca reverter a decisão, alegando que o senador não
tinha ciência da gravação e não pode ser responsabilizado pelas acusações. No
entanto, para a PGR, a tramitação do processo não depende de provas conclusivas
neste estágio.
Apesar do pedido de
desculpas público feito por Moro após a divulgação do vídeo, em que ele negou
ter cometido crime contra a honra de Gilmar Mendes, a denúncia foi mantida.
Caso o processo continue, a PGR entende que provas mais substanciais serão
necessárias para uma eventual condenação.